Pages

Subscribe:

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Liminha e Brown debatem sobre música em seminário na Feira do Empreendedor

Fonte e fotos: Ibahia
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)


Os palestrantes falaram sobre as dificuldades em seus respectivos campos e deram conselhos para os profissionais entrando no mercado da cultura no país

Com a proposta de discutir a cadeia produtiva da música e a economia da cultura no contexto brasileiro, aconteceu na quarta-feira (23) o I Seminário de Música e Empreendedorismo. Promovido pela Pracatum Escola de Música e Tecnologias, o evento, que fez parte da programação da Feira do Empreendedor da Bahia, teve a participação de Carlinhos Brown, do produtor musical Liminha e da cenógrafa Bia Lessa. O secretário do Desenvolvimento, Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Bellintani, foi o mediador do debate.

Vindos de diferentes áreas, os palestrantes falaram sobre as dificuldades em seus respectivos campos e deram conselhos para os profissionais entrando no mercado da cultura no país. O evento foi marcado pela busca de posicionamentos do governo, tanto por parte dos palestrantes quanto por parte da plateia, troca de experiências e perspectivas para o carnaval de Salvador.


Bia Lessa, Liminha, Guilherme Bellintani e Carlinhos Brown palestraram no I Seminário Música e Empreendedorismo, durante a Feira do Empreendedor

Na abertura da mesa, Bellitani mencionou a riqueza cultural do Candeal, bairro onde Brown nasceu. “Carlinhos veio do tudo! Quem vem do Candeal não pode dizer que veio do nada. Seu berço é de ouro e de muitas outras coisas”, afirmou o secretário.

A cenógrafa, curadora e diretora Bia Lessa passou algumas de suas experiências com arte e a importância de o artista encontrar e afirmar sua individualidade como forma de se diferenciar no mercado. Ela ainda opinou sobre o papel do governo como promotor da cultura: “É fundamental a presença do Estado e o Estado tem que decidir, de fato, a sua conduta. Se é junto com os homens ou junto com os negócios”, afirmou. Bellitani respondeu que saber dosar a intervenção do Estado é um dos maiores desafios do gestor público.


Já o produtor musical Liminha alertou para a falta de reconhecimento do trabalho do produtor no país. “Eu já ganhei um Grammy, mas, aqui no Brasil, nunca ganhei um prêmio por produção de disco”, disse ele, que já produziu quinze dos discos de Gilberto Gil. Para os produtores iniciantes, recomendou que lutassem sempre para terem seus nomes nas contracapas de cd’s e dvd’s.

Para falar de música e criatividade, Carlinhos Brown foi buscar no inconsciente coletivo a explicação para a musicalidade baiana. Sobre a produção musical na Bahia, o cacique assumiu postura crítica, principalmente em relação ao Axé. “A música na Bahia está empreendida. Quem é essa cidade, Salvador, empreendida? Uma cidade onde seus músicos se desafinaram com sua geração, com o seu povo”, declarou.


Como não poderia deixar de acontecer, a conversa caminhou para as perspectivas do Carnaval de 2014. Bia comentou a falta de estética dos trios elétricos e Carlinhos criticou a estrutura da programação da festa, “O que vem atrapalhando o carnaval da Bahia é uma questão de programação. É a estrutura da programação que impede a gente de ver outras coisas. A Praça Castro Alves está lá, é uma questão de saber usá-la. O que é também inadmissível para todos nós é querer que todo mundo toque sete dias de carnaval, isso é gulosidade, como se diz no popular. O negócio é dividir”, afirmou.


Guilherme Bellintani falou sobre a arrecadação da Prefeitura no Carnaval, “em 2014, faremos o primeiro carnaval da história da cidade em que o investimento público é exatamente o mesmo do arrecadado com patrocínios privados. Esse ano gastaremos R$ 28 milhões e arrecadaremos R$ 28 milhões”, garantiu o secretario.

0 comentários:

Postar um comentário

MAPA DE ACESSOS

MAPA ON LINE

On Line 1

TYNT

Total de Visitas

SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS

SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS
DE SERRINHA PARA O MUNDO

SJC


contador de site