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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Cartilha ensina como estimular crianças a falar sobre problemas do cotidiano

Por: Vitor Abdala. Fonte: Agência Brasil.
Foto: alagoas24horas.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)


Uma cartilha lançada hoje (20) no Rio de Janeiro pretende mostrar a educadores, pesquisadores e gestores públicos brasileiros como ouvir e aproveitar propostas de crianças para melhorar a vida nas cidades. O livreto Vamos Ouvir as Crianças?, da organização não governamental Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip), traz metodologias e atividades para se aproveitar melhor as sugestões de crianças para políticas públicas nas cidades do país.

O lançamento ocorreu durante o 1º Seminário Criança e sua Participação na Cidade, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O encontro ocorre até amanhã (21). Tanto a ideia do seminário quanto da cartilha surgiram em uma oficina feita com 100 crianças de 4 a 12 anos das favelas Santa Marta e Babilônia, na zona sul do Rio de Janeiro, em que elas falaram sobre a vida e dificuldades do cotidiano.

A cientista social Moana Van de Beuque, do Cecip, disse que no Brasil não há a cultura de ouvir crianças sobre os problemas urbanos. No entanto, segundo ela, o público infantil tem muito a dizer sobre diversos assuntos.

“Elas conhecem a realidade que elas vivem e sabem o que deve mudar. Elas podem contribuir principalmente nas áreas que as afetam especialmente como moradia, espaço de lazer, segurança, mobilidade”, disse Moana.

Para a secretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Angélica Moura Goulart, participar do debate é um direito do público infantil. “O olhar da sociedade ainda é ter a criança como objeto do direito, é tutelar o direito da criança. E elas sempre têm algo a dizer. E trazem no seu olhar uma grande sabedoria, porque seu olhar é descomplicado, simples, direto. As crianças estão preocupadas com sua vida familiar, comunitária, escolar, com a sustentabilidade.”

Segundo ela, ouvir a criança é um “avanço civilizatório”. Angélica diz que a secretaria pretende levar a ideia de ouvir as crianças para todo o governo federal.

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