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sábado, 24 de novembro de 2012

Da confiança ao receio: história do acesso e Vitória na Série A

Fonte e fotos: Ibahia

Diretoria começou a montar o time desde o início de 2012, esteve eufórico, passou por problemas, mas atingiu seu objetivo

Torcida teve papel importante no acesso rubro-negro

Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL) – O Vitória armara um time forte para competir pelo acesso bem antes da Série B. Apesar do vice-campeonato baiano, poucos ajustes foram feitos para a Segundona. Afinal, a direção aprendeu com os erros do ano passado, quando montou o time em cima da hora e não conseguiu o acesso ao final da competição.

Pedro Ken, Dinei, Victor Ramos, Tartá, Michel... Com o reforço de alguns jogadores da base e a artilharia pesada de Neto Baiano, então goleador do Brasil, o Vitória se arrumou ainda mais com a chegada de Paulo César Carpegiani - Toninho Cerezo havia sido demitido ainda no Baianão e o novo treinador, ao lado de Ricardo Silva, seria um dos responsáveis pela melhor campanha no primeiro turno da história da Série B.

Início da caminhada - O Leão começou a Segundona vencendo o Barueri, fora de casa. Na quinta rodada, entrou no G-4 para não mais sair. Na décima, quando venceu o Paraná, no Barradão, iniciou a perseguição ao Criciúma, então líder do campeonato. Antes disso, jogos marcantes, exemplo da derrota para 4 a 3 para o Goiás, no Serra Dourada. O Rubro-negro vencia por 3 a 0, mas permitiu a virada. Ali, o time tomava um beliscão e percebeu que precisava manter-se alerta nos próximos jogos.

Na 18ª rodada, quando venceu o Jonville e o Criciúma perdeu para o Atlético-PR, o Vitória assimiu a liderança da Série B, onde ficou por 11 rodadas. O time de Carpé também ficou 11 rodadas sem perder. Durante esta sequência, o Vitória, então líder, chegou a estar com mais de dez pontos de vantagem para o quarto colocado. O acesso antecipado parecia certo e já era comemorado. A pergunta de torcedores e jornalistas era se, campeão, o a diretoria colocaria estrela no escudo.

Carpegiani: boa campanha no primeiro turno e brigas...

Mas, na 29ª rodada, o Vitória perdeu para o Paraná, por 3 a 1, e supostas justificativas vieram à tona. Boatos davam conta de que, para ser campeões, os jogadores cobraram R$ 5 milhões de bicho à diretoria, que se recusou a pagar. A partir daí, corpo mole, bate boca e racha no grupo viraram expressões recorrentes na imprensa. Em campo, os problemas refletiram no resultado das partidas.

Durante a Série B, a diretoria fez outros ajustes. Com problemas no gol - Douglas, Renan e Caio Secco não conseguiam se firmar e falhavam a cada rodada - Deola, do Palmeiras, foi contratado e fechou o gol. O artilheiro Neto Baiano foi para o Japão. William, ex-Avaí, e Elton, ex-Vasco e Corinthians, foram contratado. Manteram o ritmo de Neto Baiano até onde podiam, mas depois caíram de produção.

Na 31ª rodada, o Leão perdeu para o Atlético-PR por 1 a 0, pleno Barradão, e o técnico Carpegiani foi demitido. Depois, ele e o presidente Alexi Portela trocaram farpas pela imprensa - o dirigente pedindo que o técnico se aposentasse e Carpegiani alertando contra a queda de produção e dizendo que não conseguia mais ter o controle do time nas mãos. "Se não conseguir subir, tem que botar uma faixa no peito escrito 'incompetente' e desfilar no Pelourinho", disse.

Crise à vista - Carpegiani também se desentendeu com o volante Uelliton, um repeteco da briga entre os dois na primeira passagem do treinador na Toca, em 2011 - Uelliton, massacrado pela torcida, acabou afastado do grupo uma semana antes do jogo contra o Ceará e desabafou contra Raimundo Queiroz, diretor de futebol. "Vim para treinar, mas o dono do Vitória (Queiroz), me chamou na sala dele e disse que eu estava afastado. Vou seguir meu caminho".

A direção rubro-negra alçou Ricardo Silva novamente à condição de técnico principal, mas o tirou para a chegada de Paulo César Gusmão, restando apenas quatro jogos - na rodada anterior, o time perdera para o Bragantino por 3 a 0, com um gol contra de Uelliton e o pênalti cometido por Gabriel Paulista, que foi expulso. No embarque para São Paulo, o zagueiro foi agredido pela torcida e o volante foi perseguido. A torcida, agressiva, mostrava toda sua insatisfação com o time em campo. O que era festa, havia se tornado medo.

PC Gusmão chegou para ficar quatro jogos e subiu o time

Gusmão veio para uma missão de quatro rodadas e estreou vencendo o América-MG por 5 a 3, no Barradão, na 35ª. Depois de dois jogos fora seguidos - derrota para o Guaratinguetá e empate com o Joinville - o Leão tinha como concorrentes o Atlético-PR e o São Caetano, adversários para quem perdera no Barradão. Apesar dos maus resultados, contou com os tropeços dos adversários - a essa altura, o Goiás e o Criciúma já tinham subido.

Chegou o último jogo. A desconfiança da torcida se transformou incondicionalmente em apoio. Barradão lotado empurrado os jogadores contra o Ceará. Bastava um empate apenas. Se perdesse, ainda assim subiria se o São Caetano não vencesse o Guarani.

Ivete Sangalo chegando de helicóptero, Tatau, do Ara Ketu, entre outras celebridades. A festa estava preparada. Ou melhor, já estava acontecendo.  O São Caetano ganhou do Guarani, mas o Vitória empatou com o Ceará. Abriu o placar no primeiro tempo, sofreu o empate no segundo. Apesar do primeiro tempo arrasador, o acesso foi com pura tensão. Tensão essa que foi implodida e tornou-se vibração após o apito final do árbitro.

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